Durante um discurso numa igreja no distrito de Tororo, este domingo (30 de novembro), Kadaga avisou que os grupos gays estavam recrutando membros de instituições religiosas. Disse também que computadores e livros doados às escolas tinham software e literatura que promovia a homossexualidade, reporta o jornal Daily Monitor.
Ela instou os pais a rejeitar propostas de adoção de estrangeiros pois, segundo ela, estão recrutando crianças vulneráveis para "práticas homossexuais."
"Tenham muito cuidado porque os gays estão aqui para distorcer a nossa herança. Descobrimos que eles adotam nossos filhos e confinam-os em comunidades gays no estrangeiro para treiná-los sobre as práticas homossexuais", disse.
E defendeu que os jovens quando voltam a casa já estão "influenciados" pela homossexualidade e são usados para influenciar os outros na comunidade.
Nem todos os africanos estão de acordo
Embora a homossexualidade seja vista como imoral pela maioria da população do Uganda, há algumas vozes dissidentes em África.
Edwin Sesange, diretor do African LGBTI Out and Proud Diamond Group disse que Kadaga deveria encorajar os líderes da igreja e os pais a oferecerem amor, e não o ódio, aos LGBTI do Uganda. E explicou: "ninguém está a recrutar ou treinar pessoas para ser gay. Ser gay não é uma escolha". E recomendou a Kadaga que veja qual a história real de África: "A homossexualidade em África é tão antiga quanto a humanidade" disse.