Mais uma temporada do Porto Drag Festival, uma produção Mário Carvalho e co-produção Vitor Fernandes a.k.a. Natasha Semmynova. Pelo Terrasse Elisabete / Café Lusitano nas quatro edições que o evento já tem passaram inúmeros artistas que envoltos numa personagem ou em várias, ilustram o seu corpo com brilhos e coordenados de corte exuberante. Em palco transmitem a energia, o brilho, o movimento em conjunto com um playback ou mesmo voz ao vivo que trás memórias mais ou menos intensas a cda um. No final: o aplauso, daqueles e daquelas que clientes deste espaço único da cidade Invicta se dispuseram a assistir a um espetáculo também ele único, mas também os aplausos dos fãs, daqueles que seguem os seus amigos e também artistas favoritos. Ontem, no encerramento desta 4ª edição, o ambiente foi mais intenso: uma falha técnica mostrou o quanto profissional é preciso ser-se para encarar o incidente com um sorriso, e depois esse sorriso toma proporções mais sérias quando por trás do artista está o drama pessoal que tantos LGBT tiveram e ainda tem de passar quando são rejeitados por aqueles que mais nos deviam apoiar. Mas no caso a situação é de ativismo: de passar à frente e lutar pelo que temos direito e agradecendo o carinho e aplausos, também explica que vai continuar a dançar e a fazer o que o deixa feliz até ao mundo terminar. Por falar em ser feliz, e sermos nós próprios, Natasha Semmynova cantou ao vivo um música dedicada a si mesma, mas não esquecendo o trabalho fabuloso das várias variantes artísticas apresentadas durante o Porto Drag Festival. A noite contou também com reivindicação anti-Trump de Elektra Ashfordrd, com os parabéns aos 20 anos do PortugalGay.pt e o anúncio que no início do Verão chega a quinta edição do Porto Drag Festival com mais artistas, mais brilho, e, de certo, novas emoções.
Natasha Semmynova, Edia Läpore, Yra Top, Agatha Top