Este manual é considerado como a "bíblia" dos profissionais de saúde mental, sendo comummente usado para diagnosticar doenças mentais. A nova versão, a quinta, prevista para sair em 2012, será publicada sómente em 2013.
As propostas mais significativas relativas à transexualidade incluem:
- A alteração do nome "Transtorno de Identidade de Género" para "Incongruência de Género" (IG), em resposta a uma auscultação da população transexual. O grupo de trabalho realça que a alteração de nome tem a intenção de reduzir a estigmatização da "condição" da população transexual. Em adição, o que era anteriormente referido como "uma forte e persistente identificação com o outro género" é agora referido como "uma marcada incongruência do género expressado com o género atribuído".
- Dentro da "Incongruência de Género", referências "ao outro sexo" é substituído por "ao outro género". Estas alterações têm dois propósitos: 1) a capacidade de diagnosticar pessoas intersexuais (pessoas com "desordens de desenvolvimento sexual") como IG; 2) permitir que pessoas que fizeram a transição com sucesso estejam livres deste diagnóstico.
É considerada como IG (em adolescentes e adultos) quem tenha uma marcada incongruência entre o género vivenciado/expresso e o sexo atribuído à nascença por, pelo menos seis meses, manifestando-se por dois ou mais dos indicadores seguintes:
1- uma marcada incongruência entre o género vivenciado/expresso e as características sexuais primárias e/ou secundárias (ou, em adolescentes, as características sexuais antecipadas)
2- um forte desejo de se livrar das características sexuais primárias e/ou secundárias por causa de uma marcada incongruência com o género vivenciado/expresso (ou, em adolescentes, o desejo de impedir o desenvolvimento das características sexuais secundárias antecipadas)
3- um forte desejo de ter as características primárias e/ou secundárias do outro género
4- um forte desejo de pertencer ao outro género (ou algum género alternativo diferente do atribuído)
5- um forte desejo de ser tratado como pertencente ao outro género (ou algum género alternativo diferente do atribuído)
6- uma forte convicção de que se tem os sentimentos e reacções típicos do outro género (ou algum género alternativo diferente do atribuído)
Não directamente relacionado, mas também importante:
- A distinção entre "parafilias", que não causam desconforto ou compromisso e portanto não necessitam de intervenção psiquiátrica, e "transtornos parafílicos" que causam desconforto e compromisso e requerem intervenção psiquiátrica. O grupo de trabalho faz notar que "esta aproximação deixa intacta a distinção entre comportamento sexual normativo e não normativo, o que pode ser importante para cientistas, mas sem rotular automaticamente o comportamento sexual não normativo como psicopatológico."
Para ler as alterações propostas visite http://www.dsm5.org/ . Comentários às alterações propostas estão a ser aceites até 20 de Abril de 2010.