Centenas de pessoas foram-se concentrando na Praça República, iam chegando devagar porque devagar se faz o caminho.
Um coletivo e outro, e mais outro ainda, iam deitando as suas faixas e pancartas no chão viradas para cima, para que fossem legíveis, para que todos pudessem ler, os testemunhos sobre uma sociedade que vive pela metade, pela metade das condições, dos direitos, da dignidade. Pelo meio ia-se falando da vida do dia-a-dia e dos activismos dentro da área de cada um.
Chegaram também os representantes políticos, uma marcha que recolheu apoios políticos da Juventude Comunista; do Partido Humanista, do Partido Livre, que se juntaram aos co-organizadores Bloco de Esquerda e Juventude Socialista.
Pela primeira vez a MOP contou com uma representação da Câmara Municipal do Porto, Dr Manuel Pizarro acompanhado do ex-Governador Civil do Porto Dr António Fernando Moreira. Em entrevista para a SIC Manuel Pizarro dizia estar na Marcha como cidadão, como membro do PS mas também como Vereador da Câmara Municipal do Porto. Também presente Catarina Martins juntamente com um grupo significativo de apoiantes no Bloco de Esquerda.
Marcharam pelas ruas do Porto, cruzaram a rua mais movimentada da cidade onde os apoios foram visíveis, cruzaram o jogo do Brasil que no ecrã gigante da Praça D. João I que "empurrou" o término da Marcha para os Aliados, frente à Câmara Municipal do Porto.
Foi junto ao lado da fonte dos Aliados que se leu o manifesto sobre adopção e não só, inspirado no tema/lema “Com os filhos pela mão, a lutar pela adoção”. E quase como prova do lema a verdade é que muitas crianças estavam presentes na marcha desde bébés a adolescentes, tal como já tinha acontecido em edições anteriores.
Depois foram os discursos mais ou menos inflamados que se fizeram ouvir, e sentiu-se por parte da organização uma alegria espelhada na referência que a MOP2014 foi a organização que recebeu mais apoios desde sempre: mais de duas dezenas estiveram apoiar esta edição.
Para o ano a MOP assinala 10 anos após o bárbaro assassinato de Gisberta Salce Junior, mas também uma década de dedicação da cidade à luta pelos direitos humanos.
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