A apresentação das conclusões de Robert Spitzer em 2001 teve ainda mais impacto pois em 1972 e 1973 o psiquiatra foi uma das pessoas que mais lutou para remover a homossexualidade da lista de transtornos mentais da Diagnostic and Statistical Manual (DSM) da Associação Americana de Psiquiatria.
O estudo foi publicado em 2001 na revista Archives of Sexual Behavior e foi alvo de críticas quer por ativistas LGBT quer por diversos cientistas na área. O estudo passou a ser citado vezes sem conta por organizações ex-gays como a prova científica de que a "terapia" funcionava. No entanto o estudo foi duramente criticado precisamente pelas suas falhas em termos de método. Por um lado os participantes foram encaminhados para Spitzer por grupos de ex-gays como a NARTH e Exodus, que tinham todo o interesse em recomendar clientes que fossem validar o seu trabalho e fonte de financiamento. Por outro lado as provas de mudança de orientação foram baseadas em simples auto-relatos, e Spitzer não teve o cuidado de encontrar um grupo de controlo para verificar a credibilidade destes testemunhos.
Mas agora, numa entrevista ao The American Prospect, Spitzer explica que a sua intenção original não era sugerir que pessoas homossexuais seguissem a "terapia" de mudança de orientação sexual, mas sim verificar se alguém teria realmente mudado de orientação sexual através desses procedimentos.
Quanto às críticas comenta: "Em retrospectiva, eu tenho que admitir que acho que as críticas são em grande parte corretas", disse. "Os resultados podem ser considerados provas sobre o que os que se tenham submetido a terapia ex-gay dizem sobre o assunto, mas nada mais." O psicólogo afirma que conversou com o editor da revista Archives of Sexual Behavior sobre como escrever uma retratação, mas o editor recusou. E aproveitou esta entrevista para o fazer de forma clara.