O líder da organização de extrema-direita Obraz sentou-se no bancos dos réus devido a um apelo que fez ao linchamento de gays e lésbicas na véspera da Parada do Orgulho do ano passado.
Também é acusado pelo Ministério Público dos mesmos crimes em 2009 mas o julgamento respectivo ainda não começou.
Majda Puača, organizadora da Marcha do Orgulho LGBT de 2009 foi forçada a deixar a Sérvia para fugir das "agressões físicas, e ameaças" de que foi alvo diariamente apenas pelo facto de ser "lésbica e defensora pública dos direitos LGBT". Ela aponta a Obraz e a organização 1389 como origem das agressões.
Obradovic é acusado de promover o ódio racial, religioso e nacionalismo e intolerância. A acusação é baseada em declarações que fez nos meios de comunicação social assim como panfletos distribuídos onde se pode ler: "Esperamos por vocês", "Belgrado vai derramar sangue na parada gay" e mensagens similares.
O processo tem sido passado de instância em instância sem tomada de decisão, e está agora no Supremo Tribunal em Belgrado.
Durante o julgamento relativo à parada de 2010, Obradovic alegou que não estava a fazer um apelo ao linchamento mas sim uma prece. As acusações de que é alvo podem ter uma pena de até 12 anos.
A organização Obraz atacou a Parada do Orgulho LGBT de Belgrado em 2001 com agressões físicas aos participantes. Desde então além de agressões contra LGBTs também é apresentada como responsável por diversos actos violentos com base religiosa e racista.